Aconteceu em São Paulo, entre os dias 8 e 10, a XVI Conferência Regional da UITA – União Internacional de Trabalhadores da Alimentação e Afins. Representações dos trabalhadores na indústria da alimentação, comércio e hotelaria da América Latina discutiram saúde e segurança no trabalho.
Na avaliação de Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (CNTA-Afins), os debates demonstraram as desigualdades nas condições da saúde e segurança para os trabalhadores.
Segundo Artur, países como Honduras, Argentina e República Dominicana enfrentam grandes problemas. Ele diz: “Muitos deles sequer possuem uma Norma Regulamentadora para o segmento”.
O dirigente completa: “Constatamos que, com as dificuldades que enfrentamos nos últimos quatro anos, avançamos pouco. Mas, durante as negociações coletivas, conseguimos manter direitos e benefícios”.
NR 36 – A Norma Regulamentadora 36, que garante a saúde e segurança dos trabalhadores em frigoríficos, foi debatida. “Percebemos que, nesse sentido, o Brasil está à frente dos demais países. Queremos estender essa garantia a todos trabalhadores da América Latina”, Artur afirma.
Para o dirigente, uma das maiores vitórias do sindicalismo brasileiro nesse período foi barrar a tentativa do governo Bolsonaro de flexibilizar a NR 36. “Continuamos mobilizados. Porque o empresariado mantém a pressão. Por isso, defendemos que o Ministério do Trabalho retire a questão da pauta”, defende Artur.
Comitê – Com o intuito de unificar a luta no âmbito global, ficou definida a criação de um Comitê de Sindicatos da América Latina, que buscará a integração com outros países. “Muitos direitos e garantias que temos aqui não existem em outros países, e vice e versa. Então, a ideia é fazer intercâmbio e unificar a luta pra avançarmos na conquistas”, afirma Artur Bueno de Camargo.
MAIS – Acesse o site da CNTA e da UITA América Latina.
Por Agência Sindical
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