Era uma manhã fria e garoenta em São Paulo, dia 1º de junho de 2010. Ainda assim, delegações de todo o Brasil afluíram ao estádio do Pacaembu para a 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Presentes 4.500 entidades, entre Centrais, Sindicatos, Federações e Confederações. Público aproximado de 30 mil pessoas.
Eixos – A Conferência produziu um documento amplo, com seis eixos principais: Crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; Valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; Estado indutor do desenvolvimento socioeconônico; Democracia e efetivo poder popular; Direitos sociais; e Negociação coletiva.
O Documento foi amplamente divulgado, mas teve dificuldades de chegar aos presidenciáveis, em ano eleitoral. Dilma Roussef (PT), por exemplo, só recebeu a delegação da Conclat em outubro. Presentes: Moacyr Tesch, Nova Central; Paulinho da Força; Arthur Henrique, CUT; Wagner Gomes, CTB; e Antonio Neto, CSB.
Históricos – Também compareceram lideranças que haviam participado da Conclat em 1981 – Erundina, Magri, Hugo Pérez, entre outros. Em entrevista à Agência Sindical, Hugo falou sobre a primeira Conferência: “Na época, a classe trabalhadora tinha uma agenda igual à da sociedade, ou seja, reconquistar a democracia e recompor o poder de compra das famílias”.
Na época da Conclat 2010, o Brasil era governado por um metalúrgico que havia sido um dos protagonistas da primeira Conferência. Lula comandava o País rumo ao crescimento, com emprego e ampliação das conquistas trabalhistas e sindicais. Depois, vieram os anos Dilma, até o golpe em 2016.
Memória – O jornalista João Franzin, da Agência Sindical (que apresentava o Câmera Aberta, na TV Comunitária), conta: “Tomei chuva e passei frio, mas entrevistei todo mundo. Um total de 27 pessoas. Depois, publicamos num livreto a síntese do evento e das entrevistas”.
ASSISTA – Clique aqui e veja o Programa Especial sobre a segunda Conclat.
Por Agência Sindical
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