Economia

Um absurdo a taxa de juros 8% acima da inflação

Ângelo Angelini é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Itapevi

Por Ângelo Angelini

 

A taxa Selic de 13,75% ao ano no país, 8% acima da inflação registrada no Brasil, é um absurdo! Não à toa, porque juros altos impedem o desenvolvimento do país e, consequentemente, a geração de emprego e renda à população brasileira.

Portanto, todos os brasileiros de bem que querem o desenvolvimento do nosso pais devem repudiar a decisão do Banco Central (BC) de manter, pela quinta vez consecutiva, a taxa de juros em 13,75%. Essa alta taxa de juros é um impedimento a novos investimentos, à geração de novos empregos e novas oportunidades para os brasileiros. O Brasil tem a mais alta taxa de juros do mundo.

Esse atual patamar a maior taxa do mundo dificulta os investimentos e só favorece quem trabalha na especulação financeira. Essa situação só favorece o mercado financeiro que não gera emprego, riqueza e não melhora a vida das pessoas.

Precisamos de uma política econômica que desestimule o investimento no mercado financeiro para estimular o investimento no setor produtivo, que gera riqueza, trabalho e que melhora a economia e a vida das pessoas.

Certamente, tendo na presidência do Banco Central o senhor Roberto Campos Neto, que tomou posse em 28 de fevereiro de 2019, após reunião privada com o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, dentro do Palácio do Alvorada, cargo onde teve a indicação do próprio então presidente Bolsonaro devido a sua postura como defensor do liberalismo econômico uma das históricas marcas herdadas de seu avô.

Além disso, o presidente do Banco Central declarou seu voto em Bolsonaro na eleição em que foi derrotado por Lula. O presidente do Banco Central estava em um grupo de ministros de Bolsonaro até há pouco tempo, portanto está do outro lado, é um bolsonarista de carteirinha que, além de ser ultraliberal, não quer o desenvolvimento do país para todos, mas somente para defender o mercado financeiro, para quem os juros quanto mais alto melhor. Portanto, precisamos pôr fim à independência do Banco Central e, se possível, mudar o seu presidente. O comando do Banco Central deve ser aliado a quem está no comando do Brasil e quer o desenvolvimento do país. Chega de especulação financeira!

 

Ângelo Angelini é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Itapevi

 

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