O Brasil parece estar dividido em dois: os que usam máscara para todas as atividades e os que não usam, independentemente de estarem ou não em locais aglomerados. Os especialistas na área de saúde continuam recomendando seu uso em locais cheios e fechados. Sabe-se que, apesar do avanço da vacinação, ela é desigual em diferentes faixas etárias e regiões do País.
A pandemia não acabou, mas o sentimento de estar a salvo da contaminação aumentou tanto, que as casas de shows e eventos voltaram a encher com um público que não está nem aí para a máscara. E isso não tem a ver com situações de maior ou menor aglomeração, como se poderia imaginar. O que vale é o sentimento de segurança.
Por exemplo, na quinta-feira, 6, dois eventos congestionaram a entrada do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Uma cena que não se via desde antes do início da pandemia. No Pavilhão da Bienal, abriu a SP-Arte, Festival Internacional de Arte de São Paulo, e, no Auditório do Ibirapuera, houve a pré-estreia do musical Donna Summer, dirigido por Miguel Falabella. Todos os convidados, ávidos para confraternizar e se divertir, estavam sem máscara.
Mas há uma parcela da população, que não voltou aos eventos, nem muito menos desapegou do acessório. São pessoas que levam uma vida normal, com trabalho presencial e passeios no shopping, mas devidamente mascarados. E tem ainda muitos aposentados, que ainda sequer tiveram coragem de sair de casa. Colocam o acessório até quando recebem visitas. Continuam com medo de contrair a doença e de morrer por causa dela. Quem está certo ou errado? Cada um vive e sobrevive como se sente melhor, desde que não coloque em risco a vida do outro. Como diz o antigo sucesso de Jorge Ben Jor: “Prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém”.
Por Valência França – Isto é
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