Domingo (28), mais um caso de violência. O frentista Felipe Silva, casado, 24 anos, foi brutalmente assassinado durante expediente no Posto Presidente, Centro, Curitiba.
Lairson Sena, presidente do Sindicato dos Frentistas da Grande Curitiba, falou à Agência Sindical sobre os crescentes ataques a trabalhadores. Principais pontos:
Origem – “Essa onda cresce desde 2018. Os agressores, em geral, são homens maduros, de boa condição econômica. Não há uma região específica, mas a maioria ocorre em bairros valorizados, como o caso do Felipe, no São Francisco, área nobre da Capital”.
Horário – “Acontecem à noite, quase sempre na madrugada. Não é raro o agressor estar alcoolizado. Muitos ataques foram precedidos de xingamentos, racismo ou xenofobia”.
Garrafada – “Há pouco tempo, um frentista levou uma forte pancada na cabeça. Felizmente, sobreviveu. Teve outro caso, mostrado largamente pela mídia, da mulher que sacou uma faca e tentou atingir um trabalhador”.
Pacífico – “Frentista é pacifico, comunicativo, sabe cultivar o freguês. Em nossa profissão, o trabalhador só atua quando o veículo para no posto. A abordagem é exclusivamente profissional. A violência vem sempre de fora”.
Patrões – “Temos nos reunido com entidades empresariais. A Fecombustíveis também se mostra perplexa. Que empresário gostaria de ver o nome da sua empresa associado a agressões ou morte de trabalhadores?”
Governo – “Órgãos do governo, entre eles a ANP, tentam entender o que vem ocorrendo, a fim de adotar providências, duras se precisar. Já tivemos várias reuniões com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.”
Imprensa – “Tem repercutido os casos. Trabalhadores se sentem mais protegidos com o noticiário, porque podem relatar seus dramas. O Sindicato fala todo dia com a mídia. A divulgação dos casos e o modus operandi dos agressores também orientam funcionários e dá pistas para as investigações.”
Categoria – “Trabalhadores sentem que o Sindicato é fundamental. Companheiros veem que existe apoio, jurídico e sindical, e uma direção atuante. Dos 18 mil, 14 mil são sindicalizados”.
Providências – “É carro de som nos postos, entrega de informativos, sindicalização, Boletim de Ocorrência, reunião com patronato e governantes. Tudo isso ajudar a impedir que os fatos caiam no esquecimento ou venham a se repetir”.
MAIS – Informe-se no seu Sindicato. Não vacile, ainda que a pessoa só insinue ameaça. Amanhã a ameaça ela pode virar realidade.
Por Agência Sindical
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